por: Julio Sousa
Foto: Canva
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A dúvida sobre investir no Brasil vs exterior é comum. Olhando apenas para 2025, o Brasil parece o grande vencedor, com a bolsa subindo mais que os índices americanos, mesmo com um cenário político e fiscal desafiador.
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No entanto, a memória do investidor é curta. A história mostra que o Brasil é um mercado de ciclos intensos. Entre 2000 e 2008, no auge do boom das commodities, a bolsa brasileira em dólar rendeu 421%, superando e muito os EUA.
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Mas a consistência faz toda a diferença. Após a euforia, o Brasil enfrentou crises profundas (2008, 2014-16, 2020) que corroeram os ganhos. Em 17 anos, nosso índice em dólar nunca mais atingiu o pico de 2008.
Quando se olha a janela de 25 anos (de 2000 para cá), a diferença é gritante. O S&P 500 americano rendeu 608%, enquanto a bolsa brasileira, convertida para dólar, rendeu apenas 168%.
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Mesmo a renda fixa brasileira, como o CDI, não se salva. Nos últimos 10 anos, o retorno do CDI em dólar foi de apenas 4%, um valor que o Tesouro americano de curto prazo entrega hoje em um único ano, com muito mais segurança.
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A razão para essa diferença é simples: o exterior oferece acesso a setores inovadores que não temos aqui, como tecnologia, semicondutores e biotecnologia, liderados por gigantes globais que geram valor em escala mundial.
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Então, qual rende mais? Historicamente, o exterior rende mais e com menos sustos. Investir no Brasil pode trazer ganhos em ciclos específicos, mas para consistência e proteção de patrimônio a longo prazo, o investimento internacional é essencial.