por: Julio Souza
Foto: Canva
O debate sobre adultização infantil na internet explodiu após o vídeo do Felca, mas o problema vai muito além dos influenciadores. Ele começa dentro de casa, onde 83% das crianças e adolescentes já possuem perfil em redes sociais.
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O acesso é quase universal e solitário. Crianças e adolescentes navegam majoritariamente pelo celular (97%), muitas vezes sozinhos em seus quartos (35%), e aprendem uns com os outros a desativar os controles parentais.
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O conteúdo que mais consome atenção é o que choca. A linguagem dominante é o vídeo (YouTube, TikTok), e os algoritmos dessas plataformas priorizam o que gera reação, expondo os jovens a conteúdos de violência, ódio e sexualidade.
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A adultização não é apenas sexual. Pesquisas mostram que um terço dos jovens já viu algo "preocupante ou agressivo" online e sofreu bullying. A exposição a convites para envio de conteúdo íntimo também é alarmante, especialmente entre meninas.
O problema mais grave acontece no subsolo digital. A exploração velada, o grooming e o aliciamento ocorrem em contas paralelas e anônimas. Muitos conteúdos de abuso infantil já são "autogerados", produzidos pelos próprios jovens sob coerção.
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A linha é clara e perigosa: primeiro, a exposição a conteúdos nocivos; depois, a replicação como "desafio" ou performance; e, por fim, a produção de material de abuso, muitas vezes sob chantagem, longe dos olhos dos pais.
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Então, o que seu filho faz na internet? A resposta dos dados é preocupante: ele está exposto a um ecossistema de atenção onde violência e sexualização são normalizadas. A solução não é vigiar tudo, mas ter presença, diálogo e rotina.
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